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'Conclave' traz crítica a doutrina católica num thriller político sensacional

  • Jéssica Esteves
  • 28 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Conclave é um thriller político que conta sobre o evento mais misterioso do mundo: a escolha de um novo papa. Após a morte do pontífice, a Igreja Católica precisa decidir qual dos cardeais herdará o cargo. O processo de eleição é feito pela reunião de diversos cardeais que precisam votar em conjunto até que apenas um tenha a certa porcentagem de votos. Pode durar dias ou até semanas, até que a fumaça branca anuncie um novo papado.

O filme é uma adaptação do livro de Robert Harris, que aborda a luta entre a fé e a ganância de ser uma das maiores figuras do mundo. A trama acompanha três enredos (muito bem amarrados): a morte repentina de um papa, os segredos escondidos pelos religiosos e a chegada de um novo cardeal desconhecido.

O cardeal Thomas Lawrence é responsável por organizar todo o evento. Porém, assim que as portas e janelas do Vaticano se fecham, segredos profundos começam a aparecer. A "guerra", como o próprio filme diz, entre os candidatos ao papado revela um olhar ganancioso e político que Lawrence não esperava, mas que precisa lidar. Apesar disso, ele vai atrás de justiça para que o novo pontífice eleito seja alguém realmente exemplar. Com isso, ele acaba explanando alguns segredos dos colegas para outros colegas.

O diretor do filme, Edward Berger, torna interessante o chato processo de escolha. Ele consegue prender a atenção do espectador desde o primeiro segundo do filme. Junto com a direção do filme, o roteiro surpreende o público em quase todas as reviravoltas durante a história. Entretanto, um dos enredos descritos no início desse texto se faz muito óbvio. A chegada do novo cardeal, vindo de Cabul no Afeganistão, entrega parte da trama no primeiro momento em que é citada. Apesar desse detalhe, o roteiro se redime entregando um grande plot twist no final, que vai deixar muitos espectadores boquiabertos.

A parte técnica também não deixou a desejar. As câmeras paradas fizeram com que aproveitássemos ao máximo o cenário sem perder a atenção nos acontecimentos da cena. As imagens filmadas pela parte de cima conseguiram ambientar todos os espectadores que nunca tinham visto a estrutura do local.

Entre as atuações, dois artistas se destacaram: Ralph Fiennes e Sergio Castellitto. O ator de Voldemort em Harry Potter fez um excelente trabalho como Cardeal Lawrence. Ralph faz com que a ansiedade e dúvidas do seu personagem se façam visíveis facilmente e brilha em todo momento em que Lawrence precisa se posicionar. Já Castellitto interpreta o Cardeal Tedesco, um tradicional católico que abomina o cristianismo liberal. Apesar de não ter tanto tempo de tela como Ralph, Sérgio faz acontecer em cada uma das suas cenas. Ele se faz ainda maior na cena em que os cardeais estão falando sobre guerras, a convicção e ideais de Tedesco ficam ainda mais nítidos e mais impactantes na pele do ator.

Conclave, com toda certeza, trará uma grande questão para os cristãos e também para a sociedade ao todo. Ainda sem ter saído aqui no Brasil, o filme já tem dado o que falar por suas críticas à doutrina católica. Já podemos imaginar, depois da sua estreia.

A trama é uma das favoritas ao Oscar de Melhor Filme, que, sem dúvidas, é muito merecido.

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