Conheça Melou: A série inspirada no roubo mais 'doce' da história chega ao Prime Video
- Jéssica Esteves
- 3 de dez. de 2024
- 3 min de leitura

Imagina só: um roubo multimilionário que não envolve bancos, joias ou obras de arte, mas… xarope de bordo! Parece roteiro de ficção, né? Pois esse crime aconteceu de verdade em 2012, no Canadá, e agora vira série no Prime Video. A primeira temporada de Melou estreia dia 6 de dezembro e promete ser tão inusitada quanto o caso que a inspirou.
Na série, acompanhamos Ruth Landry (vivida pela incrível Margo Martindale, vencedora de três Emmys), uma fazendeira de meia-idade que decide arriscar tudo quando o governo ameaça tirar sua produção de xarope de bordo. Determinada a salvar o que ama, ela se junta a um mafioso temperamental (Chris Diamantopoulos) e a um segurança nada convencional (Guillaume Cyr) para planejar um roubo histórico.
O resultado? Uma história que mistura drama, humor e uma boa dose de choque cultural, com momentos que vão te fazer rir e, ao mesmo tempo, refletir.
Como se não bastasse a trama inusitada, Melou ainda traz a lenda Jamie Lee Curtis como estrela convidada e produtora executiva. Com a produção assinada por grandes nomes da Blumhouse Television e da Comet Pictures, a série promete ser mais uma joia do catálogo do Prime Video.
Então, que tal se preparar para essa história doce, perigosa e cheia de reviravoltas? Melou é aquele tipo de série que vai te deixar grudado na tela – e talvez até com vontade de colocar xarope de bordo no café da manhã!
O roubo por trás da história

Em 2012, o Canadá foi palco de um dos crimes mais inusitados e lucrativos de sua história: o furto de mais de US$ 18 milhões em xarope de bordo, um dos produtos mais emblemáticos do país. Conhecido como “O Grande Roubo do Xarope de Bordo Canadense”, o caso chamou a atenção mundial não apenas pelo montante, mas também pela engenhosidade da operação.
O xarope de bordo é uma verdadeira instituição no Canadá. O país é responsável por cerca de 70% da produção mundial, com a maior parte concentrada em Quebec. Para proteger esse mercado estratégico, foi criada a Federação dos Produtores de Xarope de Bordo de Quebec (FPAQ), que mantém reservas estratégicas do produto — um verdadeiro "estoque regulador", muitas vezes chamado de “Opep do xarope de bordo”.
Entre 2011 e 2012, essas reservas foram o alvo de um esquema audacioso. Ladrões alugaram um armazém onde parte do estoque era armazenada e, ao longo de meses, começaram a substituir os barris cheios de xarope por tambores de água. O xarope roubado era transportado para fora do armazém e vendido no mercado negro, principalmente nos Estados Unidos.
Quando o furto foi descoberto durante uma auditoria de rotina, a federação constatou que mais de 9.500 toneladas de xarope haviam desaparecido. A perda foi avaliada em cerca de US$ 18,7 milhões. O impacto foi tão grande que gerou uma corrida por medidas de segurança mais rigorosas, incluindo controles mais frequentes e protocolos de vigilância aprimorados.
As investigações levaram a uma série de prisões, envolvendo desde motoristas de caminhão até distribuidores e um empresário identificado como o principal cérebro por trás da operação. Ao todo, mais de 20 pessoas foram implicadas no caso, e os tribunais impuseram multas milionárias aos envolvidos.
Entre os condenados estava Richard Vallière, apontado como líder do esquema. Ele recebeu uma sentença de 8 anos de prisão, além de uma multa de cerca de US$ 10 milhões, com a possibilidade de pena adicional caso não conseguisse pagar o valor.
Apesar de sua peculiaridade, o crime serve como um lembrete do valor inesperado que certos produtos podem ter — e como até mesmo algo tão doce quanto o xarope de bordo pode ser alvo de ambições criminosas.
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