Juror #2: Um Dilema Entre a Justiça e a Consciência
- Jéssica Esteves
- 19 de dez. de 2024
- 1 min de leitura


Clint Eastwood, em sua despedida das telas, nos presenteia com 'Jurado Nº 2', um thriller jurídico que explora as complexidades da justiça e da moralidade. O filme acompanha Justin (Nicholas Hoult), um jurado comum que se vê envolvido em um caso complexo e perturbador, sendo confrontado com dilemas éticos que o farão questionar suas próprias convicções.
A trama, embora previsível em alguns pontos, flui de forma consistente, conduzindo o espectador por uma jornada introspectiva sobre a culpa, a justiça e as consequências de nossas escolhas. A direção de Eastwood é sólida, com uma fotografia impecável que realça a atmosfera de cada cena. Os ambientes escuros e sombrios contrastam com os momentos de felicidade, criando uma paleta visual que acompanha a complexidade emocional dos personagens.
Nicholas Hoult entrega uma performance convincente como Justin, transmitindo a angústia e a insegurança do protagonista de forma sutil e eficaz. Toni Collette, no papel da promotora Faith, completa o elenco com uma interpretação marcante, adicionando profundidade à narrativa.
Os diálogos, embora simples, são eficientes em transmitir as nuances das relações entre os personagens e em explorar os temas centrais do filme. A trilha sonora, por sua vez, é sublime, complementando a atmosfera e intensificando as emoções.
'Jurado Nº 2' é um filme que convida à reflexão, colocando o espectador no lugar de Justin e o desafiando a questionar suas próprias crenças. É um drama adulto que aborda temas complexos de forma inteligente e envolvente. A ausência de grandes reviravoltas e a abordagem mais introspectiva podem afastar alguns espectadores, mas aqueles que buscam um filme que os faça pensar certamente encontrarão em 'Jurado Nº 2' uma experiência gratificante.