Lips Speak Louder: Uma nova onda de rock de Nashville
- Jéssica Esteves
- 10 de jan.
- 5 min de leitura

A cena musical de Nashville ganha um novo capítulo com a chegada de Lips Speak Louder. A dupla, formada por Rachel Brandsness e Angela Lese, traz um som fresco e autêntico que mescla elementos do grunge, indie rock e rock alternativo, com influências de bandas icônicas como Yeah Yeah Yeahs e Queens of the Stone Age.
Com letras poderosas e melodias cativantes, Lips Speak Louder se destaca no cenário musical atual. A banda promete conquistar novos fãs com seu som único e energia contagiante. A produção do álbum de estreia, assinada pela talentosa Emily Wolfe, promete elevar ainda mais a sonoridade da dupla.
Com um som que ecoa a era de ouro do rock alternativo, Lips Speak Louder revela influências claras de bandas como Yeah Yeah Yeahs e Queens of the Stone Age. A raiva e a intensidade do grunge se entrelaçam com a melodia do indie rock, criando uma sonoridade única que conquista tanto os fãs de rock clássico quanto os novos ouvintes. A banda também demonstra admiração por artistas como Garbage e Bully, que, assim como elas, desafiam os limites do gênero e criam um rock visceral e autêntico.

Ao longo de sua trajetória, Lips Speak Louder tem demonstrado uma evolução constante, tanto em termos de sonoridade quanto de performance. A banda já participou de diversos projetos colaborativos e workshops, o que contribuiu para o seu crescimento artístico. Com o lançamento do primeiro álbum se aproximando, a dupla está ansiosa para apresentar seu trabalho para um público ainda maior e continuar construindo sua carreira na indústria musical.
Confira a entrevista exclusiva feita pela nossa equipe com Rachel e Angie:
Como vocês se conheceram e perceberam que tinham uma conexão musical tão forte?
Angie: Nos conhecemos em 2021 quando a banda da Rachel, Flarelight, dividiu o palco com o artista que eu gerenciava e para o qual eu tocava bateria na época, Jax Hollow. Meses depois, Rach entrou em contato comigo porque o Flarelight estava procurando um manager. Era o verão de 2022, e nos conectamos rapidamente. Na mesma época, eu estava começando uma banda tributo feminina ao Foo Fighters (Fingernails Are Pretty) e pedi para ela tocar guitarra na banda (o primeiro show foi em agosto de 2022). Foi a primeira vez que tocamos juntas em uma banda, e desde aquela noite, sentimos uma conexão tão forte que acabamos formando o Lips Speak Louder no final de 2023.
O que as motivou a formar o Lips Speak Louder depois de já terem experiência na indústria da música?
Angie: Sabíamos que queríamos continuar tocando música juntas, mas nessa indústria é difícil encontrar a combinação certa. Existem muitos fatores envolvidos (você precisa se dar bem, confiar um no outro, trabalhar duro, tocar bem juntos, ser confiável e, geralmente, querer as mesmas coisas). A Rach é a parceira perfeita; trazemos coisas diferentes para a mesa e trabalhamos muito bem juntas; além disso, não precisamos microgerenciar uma a outra. Ser uma dupla mitiga muitos dos problemas que a maioria das bandas enfrenta, e a motivação contínua é que as coisas estão acontecendo. Acho que nossa música é realmente boa, mas trabalhar bem juntas, trabalhar duro e querer as mesmas coisas estão ajudando nossa banda a avançar na direção certa, e rapidamente.
A escolha do nome "Lips Speak Louder" tem algum significado especial?

Rachel: Somos grandes fãs do Yeah Yeah Yeahs. Vimos elas no Red Rocks no verão passado, e foi uma experiência mágica. O álbum "Fever To Tell" delas tem um som semelhante à composição da nossa banda (vocais, guitarra, bateria); além disso, algumas de nossas músicas têm um som semelhante ao delas. Então, quando estávamos tentando escolher um nome de banda, o YYYs acabou sendo uma grande influência nessa decisão. Acabamos escolhendo "Lips Speak Louder", que é uma letra da música "Soft Shock" do YYYs.
Vocês mencionaram influências de bandas como Yeah Yeah Yeahs e Queens of the Stone Age. Como essas referências se traduzem no som da banda?
Rachel: Somos grandes fãs de ambas as bandas e de muita música rock em geral. O YYYs tem uma grande variedade de som em suas músicas (punk, indie rock, synth pop, etc.). Todo o nosso álbum tem uma distribuição de gênero semelhante sob o guarda-chuva principal do rock: de indie rock a alternativo, grunge, até hard rock e pop punk. Os tons de guitarra e baixo do Queens of the Stone Age especialmente influenciaram nosso som. Eles também produzem um enorme muro de som ao vivo, e nosso objetivo é preencher nosso som ao vivo, fazendo nossa dupla soar o mais grandiosa possível.
Há alguma música ou artista dos anos 90/2000 que marcou sua vida e ainda inspira sua criação hoje?
Rachel: Tenho um enorme respeito por Karen O do Yeah Yeah Yeahs. Acho que ela é uma frontwoman incrível. Outra que me inspira muito atualmente é Shirley Manson do Garbage. Sou comparada a ela vocalmente de vez em quando, o que é um grande elogio. Adoro o estilo de rock do Garbage e o estilo de produção do Butch Vig também, que se estende a alguns álbuns icônicos dos anos 90, como "Nevermind" do Nirvana. Angie: Taylor Hawkins é meu ídolo na bateria, e entre ele, Dave Grohl e provavelmente Tre Cool, esses três bateristas foram as maiores influências na minha forma de tocar. Os anos 90 são minha maior influência, musicalmente e realmente direcionam o estilo de bateria.
Como foi trabalhar com Emily Wolfe na produção do álbum? Qual impacto ela trouxe para o som da banda?
Trabalhar com Emily foi provavelmente a experiência mais fácil com qualquer produtor. Ela é extremamente talentosa, conhece todos os instrumentos e equipamentos de estúdio, e é uma ótima compositora. Ela produziu seu último álbum, "The Blowback", e adoramos a produção dela nesse álbum (por isso entramos em contato com ela). Ela teve ótimas sugestões para diferentes tons e técnicas de gravação, e ela conseguiu preservar o som cru e edgy que temos (como uma vibe de "Celebrity Skin" do Hole) ao mesmo tempo em que trouxe o melhor das músicas e da nossa performance.
O que os fãs podem esperar dos singles e do álbum de estreia?
Já lançamos três singles do álbum de estreia ("Hype", "Crush" e "Dog Days of Summer"), e planejamos lançar mais três no início de 2025, onde os fãs podem esperar uma música rock mais pesada, um hino indie e talvez uma música com um convidado especial. Talvez tenhamos algo novo para as pessoas ouvirem já em janeiro, então fiquem ligados!
Vocês têm uma data de lançamento?
Ainda não temos a data exata, mas esperamos lançar nosso álbum de estreia em abril de 2025.
O que vocês gostariam de dizer ao público brasileiro e às pessoas que estão conhecendo vocês através desta entrevista?
Gostaríamos de dizer: "Muito Obrigada!" "Obrigado por ouvir uma nova banda de indie rock. Sabemos que os brasileiros amam música rock, então temos muito orgulho de ter nossas músicas tocadas e apreciadas por vocês. Esperamos poder tocar nossas músicas ao vivo no Brasil um dia!"
Conheça a dupla que está prestes a dominar os EUA: ouça Lips Speak Louder e acompanhe nas redes sociais
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